Is the petismo a class phenomenon?
Partisanship and Class Cleavages in Brazil
DOI:
https://doi.org/10.31990/agenda.2021.3.10Keywords:
Partisanship, Social Classes, PT, PetismoAbstract
This article aims to understand the social bases of Workers' Party’s partisanship (petismo) based on class analysis. Based on Datafolha polls, we produced a four-fold class - Entrepreneurs and Professionals; Service Class; Working class; Self-Employed and Precarious Workers. We analyzed the percentages of petismo within such groups during the 2002-2018 period. Comparing to the first year of the series, the numbers declined among all classes. Nevertheless, petismo was relatively lower amongst Entrepreneurs and Professionals and higher between the Working class and Self-Employed and Precarious Workers. We also produced logistic regression models that demonstrated the association between class and petismo in 2002 and 2018. Thus, we contributed to the literature on petismo with data on the class basis of this phenomenon, revealing the specificities of both the middle and working classes.
References
BORGES, A.; VIDIGAL, R. Do lulismo ao antipetismo? Polarização, partidarismo e voto nas eleições presidenciais brasileiras. Opinião Pública, Campinas, v. 24, n. 1, p. 53-89, abr. 2016.
BRAGA, M. S. S.; PIMENTEL, JR., J. Os partidos políticos brasileiros realmente não importam? Opinião Pública, Campinas, v. 17, n. 2, p. 271-303, nov. 2011.
BREEN, R. Foundations of a neo-Weberian Class Analysis. In: WRIGHT, E. O. Approaches to Class Analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
CARREIRÃO, Y. S.; KINZO, M. D. G. Partidos políticos, preferência partidária e decisão eleitoral no Brasil. Dados, Rio de Janeiro, v. 47, n. 1, p. 131-168, dez. 2004.
CERVI, E. Manual de métodos quantitativos para iniciantes em Ciência Política. Curitiba: Cpop, 2019. 314 p.
CESOP – CENTRO DE ESTUDOS DE OPINIÃO PÚBLICA. Banco de dados. 2018. Disponível em: https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados. Acesso em: 11 de jun. 2020.
DALTON, R. J.; WELDON, S. Partisanship and Party System Institutionalization. Party Politics, Brighton, v. 13, n. 2, p.179-196, mar. 2007.
DATAFOLHA. Bancos de dados (2002-2018). Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP), 2018. Disponível em: https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados >. Acesso em: 14 set. 2019.
ERIKSON, R. GOLDTHORPE, J. H. PORTOCARERO, L. Intergenerational Class Mobility in Three Western European Societies. British journal of Sociology, Londres, v.1, n. 30, p. 415-441, fev. 1979.
EVANS, G. The end of class politics? Class voting in comparative context. New York: Oxford University Press, 1999.
EVANS, G. The continued significance of class voting. Annual Review of Political
Science, Oxford, v. 3, 2000.
EVANS, G.; TILLEY, J. The new politics of class: the political exclusion of the British working class. Oxford: Oxford University Press, 2017.
GIMENES, E. R. A relação dos eleitores com partidos políticos em novas democracias: partidarismo na América Latina. 2015. Tese (Doutorado em Sociologia Política) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
GIMENES, E. R. et al. Partidarismo no Brasil: análise longitudinal dos condicionantes da identificação partidária (2002-2014). Revista Debates, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 121-148, abr. 2016.
GOLDTHORPE, J. H. On Sociology: Numbers, Narratives and the Integration of Research and Theory. Oxford: Oxford University Press, 2000.
GOLDTHORPE, J; MCKNIGHT, A. The economic bases of social class. Londres: CASEpaper, 2010. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/93872.pdf. Acesso em: 20 set. 2019.
HEATH, A. et al. Understanding political change. Oxford: Pergamon, 1991.
HOLZHACKER, D. O.; BALBACHEVSKY, E. Classe, ideologia e política: uma interpretação dos resultados das eleições 2002 e 2006. Opinião Pública, Campinas, v.13, n.2, p. 283-306, 2007.
KINZO, M. D. G. Partidos, eleições e democracia no Brasil pós-1985. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 19, n. 54, p. 23-40, fev. 2004KINZO, M. D. G. Os partidos no eleitorado: percepções públicas e laços partidários no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 57, p. 65-81, fev. 2005.
KRAUSE, S.; LAMEIRÃO, A. P.; PAIVA, D. O eleitor antipetista: partidarismo e avaliação retrospectiva. Opinião Pública, Campinas, v. 22, n. 3, p. 638-674, dez. 2016.
LAPOP – LATIN AMERICAN PUBLIC OPINION PROJECT. Lapop Brasil. 2020. Disponível em: http://www.latinobarometro.org/latContents.jsp. Acesso em: 5 de set. 2021
LATINOBARÓMETRO – OPINIÃO PÚBLICA LATINOAMERICANA. Banco de Datos 2010. Disponível em: http://www.latinobarometro.org/latContents.jsp. Acesso em: 4 set. 2021.
LIPSET, S. M.; ROKKAN, S. Cleavage structures, party systems and voter alignments: an introduction. In: LIPSET, S.M., ROKKAN, S. (eds). Party systems and voter alignments. New York: Free Press, 1967.
MAINWARING, S.; TORCAL, M.; SOMMA, N. The left and the mobilization of class voting in Latin America. In: CARLIN, R. E.; SINGER, M. M.; ZECHMEISTER, E. J. The Latin American Voter: Pursuing representation and accountability in challenging contexts. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2015.
MANZA, J.; HOUT, M.; BROOKS, C. Class voting in capitalist democracies since World War II: dealignment, realignment, or trendless fluctuation? Annual Review of Sociology, Palo Alto, v. 21, n. 1, p. 137-162, dez. 1995.
PRZEWORSKI, A. Capitalismo e social-democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
RENNÓ, L; CABELLO, A. As bases do lulismo: a volta do personalismo, realinhamento ideológico ou não alinhamento? Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 25, n. 74, p. 39-60, out. 2010.
RENNÓ, L; TURGEON, M. A psicologia política das classes sociais no Brasil: atributos das atitudes políticas por estratificação e mobilidade social. DADOS, São Paulo, v. 59, n.1, p. 11-51, dez. 2016.
RIBEIRO, C. A. C; ISRAEL, V. P. Voto assimétrico, classes e mobilidade social no Brasil. Tempo soc., São Paulo, v. 28, n. 2, p. 105-130, aug. 2016.
RIBEIRO, C. A. C.; CARVALHARES, F. Estratificação e mobilidade social no Brasil: uma revisão da literatura na sociologia de 2002 a 2018. In: CAMPOS, L. A; CHAGURI, M; FLEURY, L. Ciências Sociais Hoje: Sociologia. São Paulo: Zeppelini Publishers: 2020.
RIBEIRO, E.; CARREIRÃO, Y.; BORBA, J. Sentimentos partidários e antipetismo: condicionantes e covariantes. Opinião Pública, Campinas, v. 22, n. 3, p. 603-637, dez. 2016.
RIBEIRO, G. C. M. Classes sociais e eleições presidenciais no Brasil contemporâneo (2002-2010). 2014. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
RIBEIRO, G. C. M. Lulismo, petismo e classes sociais: revisitando teses sobre comportamento político no Brasil. In: ENCONTRO DA ABCP, v. 11, 2018, Curitiba. Anais do 11º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política. Curitiba: ABCP, 2018, p.1-22.
RIBEIRO, G. C. M. Voto de classe no Brasil: de Lula a Bolsonaro. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, v.43, 2019, Caxambu. Anais do 43º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. Caxambu, 2019.
SAMUELS, D. As bases do petismo. Opinião Pública, Campinas, v.10, n. 2, p.221-241, fev. 2004.
SAMUELS, D. Sources of mass partisanship in Brazil. Latin American Politics and Society, Miami, v. 48, n.1, p. 1-27, jan. 2006.
SAMUELS, D.; ZUCCO, C. Lulismo, petismo and the future of Brazilian politics. Journal of Politics in Latin America, Hamburgo, v. 6, n. 3, p. 129-158, ago. 2014.
SAMUELS, D.; ZUCCO, C. Partisans, antipartisans, and nonpartisans: voting behavior in Brazil. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.
SANTOS, J. A. F. Uma classificação socioeconômica para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 58, p. 27-45, 2005.
SANTOS, J. A. F. Posições de classe destituídas no Brasil. In: SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009. p. 463-478.
SARTORI, G. Da sociologia da política à sociologia política. In: LIPSET, S. M. (Org.). Política e Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.
SINGER, A. Raízes sociais e ideológicas do lulismo. Novos estudos, São Paulo, n. 85, p. 83-102, fev. 2009.
SINGER, A. A segunda alma do partido dos trabalhadores. Novos estudos-CEBRAP, São Paulo, v. 1, n. 88, p. 89-111, dez. 2010.
SINGER, A. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
VEIGA, L. Os partidos brasileiros na perspectiva dos eleitores: mudanças e continuidades na identificação partidária e na avaliação das principais legendas após 2002. Opinião Pública, Campinas, v. 13, n. 2, p. 340-365, fev. 2007.
VEIGA, L. F. O partidarismo no Brasil (2002/2010). Opinião Pública, Campinas, v. 17, n. 2, p. 400-425, nov. 2011.
WEAKLIEM, D. L.; ADAMS, J. What do we mean by “Class Politics”? Politics & Society. v. 39, n. 4, 2011.
WRIGHT, E. O. Class Counts: comparative studies in class analysis; student edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Agenda Política

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direito Autoral
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.