Prioridades em políticas públicas na Agenda Retórica Presidencial
o início do terceiro mandato de Lula
DOI:
https://doi.org/10.14244/agenda.2023.2.4Palavras-chave:
Agenda governamental, Agenda Retórica, Eleições 2022, Lula, Discursos PresidenciaisResumo
As eleições presidenciais brasileiras de 2022 atraíram a atenção de diversos olhares ao redor do mundo. A acirrada disputa entre os candidatos Bolsonaro e Lula, em um cenário político-social marcado pela polarização, pelo tom agressivo e pelas frequentes ameaças ao sistema eleitoral e democrático, colocou em confronto muito mais do que duas agendas de governo opostas. A partir das lentes teóricas da agenda governamental, em especial da agenda retórica, este estudo busca analisar a formação das prioridades do Presidente eleito Lula a partir de seis documentos: Plano de Governo registrado no TSE; discurso de vitória; de diplomação; os dois discursos de posse (o primeiro, interno, feito no Congresso Nacional e o segundo direcionado ao povo, no parlatório do Palácio do Planalto); e na Mensagem ao Congresso Nacional. A análise desses documentos trará um retrato das prioridades do Presidente Lula em seu terceiro mandato, e da retomada democrática e da promoção de políticas públicas no país.
Referências
ALMEIDA, J et al. Ethos discursivo e cenografias no discurso político: uma análise das cartas abertas de Lula no período pré-eleitoral em 2002 e 2018. Portal de Periódicos Eletrônicos Científicos – Unicamp, 2019.
ANDRADE, M. P.; BRASIL, F. G.; CAPELLA, A. C. Agenda governamental brasileira: discursos presidenciais e Mensagens ao Congresso (1995-2014). Agenda Política, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 280–306, 2021.
BRASIL, F. G. A dinâmica das políticas de saúde e de assistência social no Brasil: Incrementalismo e pontuações na atenção governamental entre 1986 e 2003 (Tese de Doutorado) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2017.
BRASIL. Relatório final do Gabinete de Transição Governamental. Gabinete da transição, 2022. Disponível em: <https://gabinetedatransicao.com.br/noticias/relatorio-final-do-gabinete-de-transicao-governamental/>. Acesso em: 10 jan. 2023.
BRASIL, F.G.; CAPELLA, A. C. A agenda governamental brasileira: uma análise da capacidade e diversidade nas prioridades em políticas públicas no período de 2003 a 2014. Cadernos de Gestão Pública e Cidadania, São Paulo, v.24, n.78, p. 1-22, e-76950, 2019.
BRASIL. F.G.; CAPELLA, A. C. O Processo de Agenda-Setting para os Estudos das Políticas Públicas. RP3 - Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, [S. l.], v. 1, n. 1, 2015. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/rp3/article/view/14576>. Acesso em: 28 set. 2023.
BRASIL, F. G.; REY, B. A teoria do equilíbrio pontuado: incrementalismo e pontuações na dinâmica das políticas públicas in Orgs Brasil, F. G., Capella, A. C. Abordagens contemporâneas para a análise de políticas públicas. capítulo 2, 2022.
BACHRACH, P.; BARATZ, M. S. Two faces of power. The American Political Science Review, v. 56, n. 4, p. 947-952, 1962.
BACHRACH, P.; BARATZ, M. S. Decisions and nondecisions: An analytical framework. The American Political Science Review, v. 57, n. 3, p. 632-642, 1963.
BAUMGARTNER, F., JONES, B. Agendas and Instability in American Politics. University of Chicago Press. 1993.
BIRKLAND, T. An Introduction to the Policy Process. Theories, Concepts and Models of Policy Making. 5th edition. 2020.
BREUNIG, C.; GROSSMAN, E.; SCHNATTERER, T. Connecting government announcements and public policy. In: F.R. Baumgartner, C. Breunig, E. Grossman, (eds) Comparative policy agendas. Oxford: Oxford University Press, 2019.
BREUNIG, C., GROSSMAN, E.; SCHNATTERER, T; GREEN-PEDESEN, C.; JONES, B. Comparative Studies of Policy Agendas. Journal of European Public Policy. v.13, n.7, p. 959-974, 2006.
BREUNIG, C., GROSSMAN, E.; SCHNATTERER, T. (2016). John Kingdom and the evolutionary approach to public policy in agendas setting In: ZAHARIADIS, N. Handbook of Public Policy Agenda Setting. Cheltenham, Northapton: Edward Elgar. p.53-66, 2016.
CAPELLA, A. C. Agenda-setting policy: strategies and agenda denial mechanisms. O&S - Salvador, v.23, n.79, p. 675-691, out./dez. 2016.
CAPELLA, A. C. O modelo de múltiplos fluxos: contribuições, limites e perspectivas in Orgs BRASIL, F. G., CAPELLA, A. C. Abordagens contemporâneas para a análise de políticas públicas. capítulo 1, 2022.
CAPELLA, A. C.; BRASIL, F.G. Prioridades em políticas públicas: Mensagens ao Congresso Nacional na agenda governamental 1991/2020. Revista de Sociologia e Política. Artigos Originais. Rev. Sociol. Polit. 30, 2022.
CHARQUÉS-BONAFONT, L., PALAU, A.M; BAUMGARTNER, F.R. Agenda dynamics in Spain. Hampshire: Palgrave Macmillan 2015.
COHEN, J. E. The President´s Legislative Policy Agenda (1789-2002). New York: Cambridge University Press, 2012.
COBB, R. W.; ELDER, C. D. The politics of agenda-building: an alternative perspective for modern democratic theory. Journal of Politics, v. 33, n.4, p. 891-915, 1972.
COBB, R. W.; ELDER, C. D. Participation in American politics: The dynamics of agenda-building. Boston, MA: allyn and bacon. 1972.
FONSECA, Igor Ferraz et al. Desmonte e reconfiguração de políticas públicas (2016- 2022). 1. ed. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2023.
GREEN-PEDERSEN, C., PRINCEN, S. Punctuated Equilibrium Theory. In: ZAHARIADIS, N. Handbook of Public Policy Agenda Setting. Cheltenham, Northampton: Edward Elgar, p.53-66, 2016.
IACOMINI JR., F et al. Os nós de Temer: uma análise dos discursos de posse de 2016. Revista Compolítica, 2018, vol. 8(1), 2018.
LINDBLOM, C. The science of muddling through. Public Administration Review, v 19, n2, 1959.
NOBRE, M. Ponto final: a guerra de Bolsonaro contra a democracia. 1. ed. São Paulo: Todavia, 2020.
PETER, J. The Policy Agendas Project: a Review. Journal of European Public Policy Issue 7: Comparative Studies of Policy Agendas. Volume 13, 2006.
RENNÓ, L. Bolsonarismo e as eleições de 2022. Estudos avançados v.36, p. 147- 163, Brasília: 2022.
SANTO, P. D. E. A mensagem nos discursos presidenciais de tomada de posse: 1976-2006. Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2, p. 185-216, 2007.
SCHATTSCHENEIDER, E. E. The semi-sovereign people. New York: Winston, 1960.
SIMON, H. A. Administrative Behavior: A Study of Decision-Making Processes. In: Administrative Organization. New York: Macmillan 1947.
SMITH, K, B., LARIMER, C, W. The Public Policy Theory Primer, 2ª edition, p. 49-99, 2016.
VLIEGENTHART, R.; WALGRAVE S.; BAUMGARTNER, F.R; BEVAN, S.; BREUNIG, C.; BROUARD, S.; CHARQUÉS, L.; GROSSMAN, E., JENNINGS, W., MORTENSEN, P.B.; PALAU, A.M.; SCIARINI P.; TRESCH, A. Do the media set the parliamentary agenda? A comparative study in seven countries. European Journal of Political Research. May;55(2), p. 283-301, 2016.
WILDAVSKY, A. The politics of the budgetary. Boston: Little Brown, 1964.
ZAHARIADIS, N. Ambiguity & Choice in Public Policy. Washington, DC: Georgetown University Press, 2003.
ZAHARIADIS, N. Ambiguity and Multiple Streams. In: Sabatier, Paul A. and Weible, Christopher M. (Ed.). Theories of Policy Process. 3rd. ed. Boulder, CO; Westview Press, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Agenda Política
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direito Autoral
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.