Disputas discursivas na mídia: A cobertura dos jornais Folha de S. Paulo e Gazeta do Povo sobre gênero e diversidade sexual nos planos de educação
DOI:
https://doi.org/10.31990/agenda.2020.1.8Abstract
A pesquisa analisa as disputas discursivas presentes na cobertura jornalística dos sites da Folha de S.Paulo e Gazeta do Povo sobre gênero e diversidade sexual nos planos de educação. A pergunta central é: como os enquadramentos nos sites dos jornais conotam o posicionamento destas instituições e as disputas discursivas a respeito das temáticas nos planos? Para respondê-la, fizemos a Análise de Conteúdo das produções, como base para a Análise de Enquadramento na perspectiva cultural, que denominamos de Análise das Disputas Discursivas. Os resultados forneceram uma amostra das disputas presentes na sociedade brasileira atual. Constatou-se que mesmo os conteúdos dos jornais expressando tensões entre a mobilização de discursos hegemônicos e novos enquadramentos de resistência, privilegiaram a visão contrária à inclusão das temáticas nos planos, destacando personagens, agentes e enquadres políticos ‘contrários’.
References
AMARO, I. (2016). “A escola no armário: o apagamento das relações de gênero e das sexualidades no PNE e nos Planos Municipais de Educação”. Anais do 4º Seminário Internacional de Educação e Sexualidades e do 2º Encontro Internacional de Estudos de Gênero – “O que temos feitos de nós?”. Vitória: UFES.
ANJ. (2016). Maiores jornais do Brasil. Associação Nacional de Jornais. Disponível em <https://goo.gl/RrwTqK>. Acesso em 09 jun. 2016.
BARDIN, L. (1995). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BUTLER, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
BUTLER, J, (2016). Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Tradução Sérgio T. N. Lamarão e Arnaldo M. Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2ª ed.
CHAPARRO, M. C. (2017). Jornalismo não se divide em opinião e informação. Disponível em <https://goo.gl/x7v5mP>. Acesso em 17 mar. 2017.
CONAE. (2013). Conae 2014: documento - referência. Brasília: MEC.
FAIRCLOUGH, N. (2001). Discurso e mudança social. Coordenadora da tradução e revisão técnica Izabel Magalhães. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
FOLHA DE S.PAULO. (2007). “Leitor da Folha está no topo da pirâmide social brasileira”. São Paulo: Jornal Folha de S.Paulo, 11 de novembro, 2007. Disponível em <https://goo.gl/h4Fppj>. Acesso em 22 mar. 2017.
JUNQUEIRA, R. D. (2016). “‘Ideologia de gênero’: uma categoria de mobilização política”. In: SILVA, M. A. (org.). Gênero e diversidade: debatendo identidades. São Paulo: Perse, p. 229-245.
LIONÇO, T.; DINIZ, D. (2008). “Homofobia, silêncio e naturalização: por uma narrativa da diversidade sexual”. São Paulo: Revista Psicologia Política, vol. 8, nº 16, p. 307-324.
MARTINS, F. (2016) “Conservador e ‘saudosista’: prazer em conhecê-lo, sou o eleitor curitibano”. Curitiba: Jornal Gazeta do Povo, 12 de agosto de 2016. Disponível em <https://goo.gl/FukWuF>. Acesso em 29 mar. 2017.
MELO, J. M. (1994). A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis: Editora Vozes, 2ª ed.
MIGUEL, L. F.; COUTINHO, A. A. (2007). “A crise e suas fronteiras: oito meses de "mensalão" nos editoriais dos jornais”. Campinas: Opinião Pública, vol. 13, nº 1, p. 97-123. Disponível em <https://goo.gl/TvDlCC>. Acesso em 22 mar. 2017.
OLIVEIRA, M. M. (2004). “As origens da Educação no Brasil: Da hegemonia católica às primeiras tentativas de organização do ensino”. Rio de Janeiro: Ensaio aval. pol. públ. Educ., vol. 12, nº 45, p. 945-958.
PORTO, M. P. (2002). “Enquadramentos da Mídia e Política”. Caxambu: XXVI Encontro Anual da ANPOCS, sessão “Estratégias de Comunicação e Política: Teoria e Pesquisa”, GT “Mídia e Política: Opinião Pública e Eleições”.
REED, I. A. (2014). “Poder - dimensão relacional, discursiva e performática”. Revista Sociedade e Estado, vol. 29, nº 2.
SILVA, I. B.; SILVA, E. F. “Aspectos históricos dos Planos Nacionais de Educação do Brasil: da década de 30 à de 80”. Holos, ano 22, p. 19-25.
SILVA, T. T. (2010). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 3ª ed.
SOUSA, J. P. (2016). Por que as notícias são como são? Construindo uma teoria da notícia. Portugal: Universidade Fernando Pessoa. Disponível em <https://goo.gl/jG59Yf>. Acesso em 03 jul. 2016
SOUZA, J. I. L. (2017). Disputas discursivas na mídia: a cobertura dos jornais Folha de São Paulo e Gazeta do Povo sobre gênero e diversidade sexual nos planos de educação. Curitiba: UFPR, Dissertação em Ciência Política.
SOUZA, N. R. (2016). Poder e Comunicação. In: PERISSINOTTO, R.; LACERDA, G. B.; SZWAKO, J. (orgs.). Curso livre de teoria política: normatividade e empiria. Curitiba: Editora Appris.
SOUZA, S. D. (2014). “‘Não à ideologia de gênero! ’ A produção religiosa da violência de gênero na política brasileira””. São Bernardo do Campo: Estudos de Religião, vol. 28, nº 2, p. 188-204.
TEIXEIRA, R. B. S. (2014). “O sintagma ‘progressão continuada’ sob a lupa da análise do discurso: um caso de fórmula discursiva? ” Belo Horizonte: Revista Brasileira de Linguística Aplicada, vol. 14, nº 1, p. 199-223.
TRAQUINA, N. (2005). Teorias do jornalismo, porque as notícias são como são. Florianópolis: Insular, 2ª ed.
VIMIEIRO, A. C. S. C. (2010). Cultura pública e aprendizado social: a trajetória dos enquadramentos sobre a temática da deficiência na imprensa brasileira (1960-2008). Belo Horizonte: UFMG, Dissertação em Comunicação Social.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2020 Agenda Política

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direito Autoral
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.