Porque é tão difícil a integração entre os setores de energia elétrica e gás natural no brasil? uma análise à luz da economia dos custos de transação

Autores

  • Julio Grudzien Neto UFPR
  • Walter Tadahiro Shima Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.31990/10.31990/agenda.ano.volume.numero

Resumo

O presente artigo analisou os principais aspectos que dificultam a integração entre o setor elétrico e o setor de gás natural no Brasil, procurando evidenciar como os custos de transação ocupam um papel central neste problema. Para tanto, foi apresentada uma breve revisão da literatura relativa a Teoria dos Custos de Transação, analisando de que maneira fatores como incerteza, especificidade dos ativos e frequência das transações podem interferir nos custos transacionais entre os agentes, determinando, inclusive, a necessidade de estabelecimento hierarquias e de estruturas de governança verticais. Também foram analisados os principais aspectos econômicos e regulatórios presentes no setor elétrico e no setor de gás natural brasileiro, apresentando as complexidades existentes na inserção da geração termelétrica a gás natural no país, a destacar, a difícil conciliação entre a necessidade de flexibilidade na operação das usinas vis a vis a viabilidade dos investimentos da indústria de gás natural. Através desta análise, pode-se concluir que uma maior integração entre o setor de energia elétrica e o setor de gás natural no Brasil não deve depender simplesmente da adoção / intensificação de pressões competitivas, mas sim, através de um aparato regulatório mais adequado às características de estrutura e de funcionamento destes dois setores no país.

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Publicado

2015-12-09

Como Citar

NETO, J. G.; SHIMA, W. T. Porque é tão difícil a integração entre os setores de energia elétrica e gás natural no brasil? uma análise à luz da economia dos custos de transação. Revista Agenda Política, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 156–183, 2015. DOI: 10.31990/10.31990/agenda.ano.volume.numero. Disponível em: https://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/72. Acesso em: 6 maio. 2024.