A centralidade dos intelectuais na disputa política brasileira

Autores

  • Ivan Henrique de Mattos e Silva UNIFAP

DOI:

https://doi.org/10.31990/agenda.2021.1.0

Resumo

Considerando uma das características do processo de formação da modernidade no Brasil, ou seja, a natureza controlada desse processo, bem como a sua não espontaneidade enquanto produto do próprio fluxo histórico para a constituição do que Fernandes (2006) denominou como ordem social competitiva, é notável a presença dos(as) intelectuais na produção e circulação de ideias, dos grandes debates teóricos e mesmo na atuação direta no próprio Estado. Segundo Pécaut (1990), duas gerações de intelectuais em especial assumiram para si uma tarefa de vocação histórica como demiurgos da nação brasileira: a geração dos anos 1920-1940 e a geração dos anos 1954-1964. Dois breves raciocínios se fazem necessários aqui: em primeiro lugar, uma definição a respeito do conceito de intelectual, e, em segundo lugar, uma breve reflexão em torno de algumas razões para essa centralidade dos(as) intelectuais na trajetória política brasileira.

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Publicado

2022-01-25

Como Citar

MATTOS E SILVA, I. H. de. A centralidade dos intelectuais na disputa política brasileira. Revista Agenda Política, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 10–15, 2022. DOI: 10.31990/agenda.2021.1.0. Disponível em: https://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/583. Acesso em: 25 abr. 2024.