Cidadania e documentos de identificação: Possibilidade para se pensar o gênero

Autores

  • Lucas Henrique de Sousa

DOI:

https://doi.org/10.31990/agenda.2019.3.4

Resumo

Os documentos de identificação dos sujeitos marcam uma nova configuração da cidadania na modernidade, servindo como instrumento que vincula o cidadão/cidadã com ao Estado-nação. Para além dessa relação, o documento também pode ser investigado a partir de sua referencialidade simbólica, pois atua performativamente na consolidação desses mesmos cidadãos/cidadãs. Inserido nessa problemática, podemos pensar os impasses encontrados por pessoas trans[1] quando apresentam seus documentos que não estão em consonância com suas identidades de gênero, bem como as dificuldades que eram encontradas para a retificação desses mesmos documentos. Conclui-se que os documentos atuam também como instrumentos para a manutenção de normativas hegemônicas de masculinidade e feminilidade que são compartilhadas pela coletividade.


[1]Nesse texto estamos nos referindo ao termo “trans” como guarda-chuva para pessoas transexuais, travestis, queers e não binários. Apesar das especificidades de cada um, em algum grau as questões aqui delineadas atravessam a experiência dessas pessoas.

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Publicado

2019-12-28

Como Citar

SOUSA, L. H. de. Cidadania e documentos de identificação: Possibilidade para se pensar o gênero. Revista Agenda Política, [S. l.], v. 7, n. 3, p. 92–113, 2019. DOI: 10.31990/agenda.2019.3.4. Disponível em: https://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/280. Acesso em: 4 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê