Do liberalismo ao estatismo: a ideologia pendular da ditadura militar segundo Mário Pedrosa

Autores

  • Josnei Di Carlo

DOI:

https://doi.org/10.31990/agenda.2019.1.2

Resumo

A urgência de compreender a derrota da esquerda com o Golpe de 1964 levou o crítico de arte e militante socialista Mário Pedrosa (1900-1981) a sistematizar seu pensamento político em A Opção Imperialista e A Opção Brasileira. Nos dois livros lançados em 1966 pela Civilização Brasileira, procurou analisar a organização militar como um ator político com especificidades. Formada no interior da Escola Superior de Guerra (ESG), a ideologia militar precisava ser compreendida para tornar inteligível a razão de os militares assumirem o poder político diretamente e os possíveis desdobramentos disso. O Golpe de 1964, para Pedrosa, teve um móvel endógeno, que sofreria modificações com os militares no governo. A hipótese é que presos às teses do liberalismo ao darem o Golpe de 1964, se afastariam delas conforme fossem ocupando postos estratégicos na máquina estatal, notando os conflitos de interesses entre o Estado e o capital financeiro internacional.

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Publicado

2019-05-27

Como Citar

CARLO, J. D. Do liberalismo ao estatismo: a ideologia pendular da ditadura militar segundo Mário Pedrosa. Revista Agenda Política, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 34–61, 2019. DOI: 10.31990/agenda.2019.1.2. Disponível em: https://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/234. Acesso em: 28 abr. 2024.