Chamada de artigos para o dossiê “Juventudes de direita e/ou conservadoras na América Latina”. Prazo de submissão: 01/07/2025 a 15/08/2025

2021-08-19

O presente dossiê propõe abordar as juventudes de direita e/ou conservadoras na América Latina. A proposta inclui análises sobre os grupos que se enquadram como juventudes pela faixa etária, bem como aqueles que, mesmo fora dessa classificação, dialogam de forma expressiva com o público jovem, desempenhando papéis significativos no cenário político. Busca-se compreender quem são essas juventudes, como entendê-las conceitualmente e teoricamente, os ideais que constroem e disseminam, e as formas como mobilizam suas pautas, utilizando tanto estratégias tradicionais quanto ferramentas modernas, como as redes sociais. O dossiê também examina as consequências dessas ideias no contexto político e social, investigando os fatores sociais, culturais e políticos que explicam sua ascensão e alinhamento às posições conservadoras ou de direita. Além disso, está aberto a reflexões teóricas sobre os conceitos de ser de direita e/ou conservador, novo ou extremista, por exemplo. Como contribuição acadêmica, o dossiê trata de um tema em ascensão e com impacto significativo na política dos países. No âmbito prático, o dossiê pretende ampliar a compreensão e assim as possibilidades de diálogo com as juventudes de direita e/ou conservadoras, contribuindo assim para a defesa da democracia.

A emergência de juventudes conservadoras e de direita na América Latina tem ganhado destaque nos debates acadêmicos e políticos recentes, refletindo uma reconfiguração dos valores e engajamentos políticos entre os jovens da região. Pesquisas indicam que esse fenômeno está associado a uma reação contra as agendas progressistas, especialmente em temas como gênero, sexualidade e família, além de uma crescente desilusão com governos de esquerda e suas políticas econômicas (Vommaro; Quiroga, 2021). Movimentos como o "Con Mis Hijos No Te Metas", que se opõem à "ideologia de gênero" nas escolas, exemplificam como discursos conservadores têm mobilizado jovens em países como Peru, Colômbia e Bolívia (Meneses, 2019). Além disso, a influência de redes sociais e igrejas evangélicas têm sido fundamental na disseminação de ideias conservadoras, conectando-as a uma narrativa de defesa da tradição e da moralidade (Almeida, 2019). Essas tendências sugerem uma complexa interação entre religião, política e cultura, que redefine o ativismo das juventudes na região.

Jovens de direita e/ou conservadores têm sido protagonistas do cenário político latino-americano. Para citar o exemplo mais emblemático no Brasil, Nicolas Ferreira foi o deputado federal mais votado do Brasil para a Câmara dos Deputados em 2022. Um de seus vídeos mais populares, que abordou a suposta cobrança de taxas sobre transferências via Pix, gerou amplo engajamento nas redes sociais, embora tenha sido objeto de checagem de fatos que desmentiram algumas das alegações feitas (TSE, 2022; UOL, 2025).

Na Argentina, Javier Milei, embora mais conhecido por sua candidatura presidencial, inspirou a entrada de jovens deputados alinhados com suas ideias liberais e conservadoras no Congresso Nacional (Murillo; Oliveros, 2024). No Chile, Johannes Kaiser traz suas ideias liberais e críticas ao status quo político, ganhando apoio especialmente entre os jovens que buscam uma alternativa aos partidos tradicionais. Em 2024, fundou o Partido Nacional Libertário, uma nova força política que visa consolidar e expandir suas ideias libertárias no cenário chileno (Biobío Chile, 2025). Em El Salvador, o movimento de juventudes que apoia Nayib Bukele representa outro exemplo significativo deste fenômeno, onde jovens têm se mobilizado em torno de um discurso que combina tecnologia, antipolitismo tradicional e propostas de ordem pública, reconfigurando o panorama político do país e atraindo uma nova geração para posições de direita (La Prensa Gráfica, 2019).

As pesquisas científicas apontam que as redes sociais afetam profundamente a forma de participação política dos vários grupos da sociedade (Mitchelstein; Matassi; Boczkowski, 2020). O uso estratégico das redes sociais se consolidou como ferramenta central para a disseminação de ideias e a mobilização política entre os jovens. Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube são utilizadas como meio de propagar informações políticas para as juventudes, apesar de serem também utilizadas por gerações mais velhas (Oden; Porter, 2023). No caso dos conservadorismos, essas redes permitem a construção de comunidades digitais que reforçam valores tradicionais e religiosos, muitas vezes alinhados a igrejas evangélicas e movimentos de direita, criando um senso de pertencimento e identidade coletiva (Gold; Peña, 2021). Além disso, os algoritmos dessas plataformas, que privilegiam conteúdos polarizadores e emocionalmente carregados, contribuem para a formação de câmaras de eco que amplificam visões de mundo conservadoras e anti-progressistas (Jiang; Ren; Ferrara, 2021). Outra linha de investigação foca nas consequências da participação política das juventudes de direita, analisando sua relação com o fortalecimento de regimes democráticos ou, em alguns casos, sua associação com discursos populistas e autoritários (Blee; Creasap, 2010).

O presente dossiê tem como objetivo reunir estudos voltados para as juventudes de direita e/ou conservadoras na América Latina, contemplando diferentes perspectivas e dimensões desse fenômeno. Esse campo de análise inclui tanto os grupos identificados como jovens pela faixa etária quanto aqueles que, embora não pertencendo diretamente a esse grupo, dialogam de maneira expressiva com os públicos jovens, desempenhando papéis relevantes no cenário político, como parlamentares eleitos na região. Além disso, busca-se compreender quem são e como entender conceitualmente teoricamente as juventudes conservadoras e de direita que constroem, disseminam e apoiam esses ideais.

Interessa, ainda, explorar quais são as pautas que mobilizam as juventudes de direita e/ou conservadoras. Da mesma forma, este dossiê visa mapear as formas de mobilização adotadas por essas juventudes, que incluem tanto estratégias tradicionais quanto o uso de novas tecnologias e redes sociais. Também se pretende examinar os impactos dessas ideias no contexto político e social, bem como os fatores estruturais – sociais, políticos e culturais – que ajudam a explicar o alinhamento das juventudes a posições de direita ou conservadoras. São bem-vindos também textos que façam uma reflexão sobre quem são essas juventudes conservadoras, se é possível tratá-las como novidades ou extremistas e /ou quais são os caminhos para nomeá-las. Por fim, o presente dossiê está aberto a reflexões teóricas sobre o que significa ser de direita e/ou conservador, considerando as diferentes interpretações e abordagens desses conceitos.

O dossiê reúne pesquisadores(as) que há tempos desenvolvem pesquisas sobre juventudes no Grupo de Trabalho Infâncias e Juventudes do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso). Contamos também com a participação de pesquisadores jovens que estão integrando mais recentemente essa agenda de pesquisa.

Este dossiê representa uma contribuição significativa ao campo acadêmico ao examinar um fenômeno de crescente relevância na última década: o surgimento e consolidação das juventudes de direita. A importância desta pesquisa manifesta-se em duas dimensões fundamentais. No plano acadêmico, oferece uma aproximação multidimensional às juventudes conservadoras, entendendo-as como atores políticos e sociais complexos que requerem uma análise que supere as simplificações e estereótipos. No âmbito prático-político, o trabalho adquire especial relevância para compreender os desafios contemporâneos da democracia, já que analisa criticamente as diversas concepções, discursos e propostas que estes grupos jovens constroem sobre o sistema democrático. Esta compreensão resulta fundamental para fortalecer e aperfeiçoar as instituições democráticas num contexto de crescente polarização política.

 

“Right-wing and/or conservative youth in Latin America”

This dossier aims to address right-wing and/or conservative youth movements in Latin America. The proposal includes analyses of groups that fit the demographic classification of youth based on age, as well as those who, even if outside this classification, engage significantly with young audiences and play important roles in the political scenario. The objective is to understand who these youth are, how they can be conceptualized and theorized, the ideals they construct and disseminate, and the ways in which they mobilize their agendas, employing both traditional strategies and modern tools such as social media. The dossier also examines the consequences of these ideas within political and social contexts, investigating the social, cultural, and political factors that explain their rise and alignment with conservative or right-wing positions. Furthermore, the dossier welcomes theoretical reflections on concepts such as what it means to be right-wing and/or conservative, as well as newer or more extremist manifestations. As an academic contribution, this dossier addresses an emerging topic with significant impact on the politics of various countries. On a practical level, it seeks to broaden understanding and, consequently, foster possibilities for dialogue with right-wing and/or conservative youth, thereby contributing to the defense of democracy.

The emergence of conservative and right-wing youth in Latin America has gained prominence in recent academic and political debates, reflecting a reconfiguration of values and political engagement among young people in the region. Research indicates that this phenomenon is associated with a reaction against progressive agendas, particularly on issues such as gender, sexuality, and family, as well as a growing disillusionment with left-wing governments and their economic policies (Vommaro; Quiroga, 2021). Movements such as "Con Mis Hijos No Te Metas," which oppose "gender ideology" in schools, exemplify how conservative discourses have mobilized young people in countries such as Peru, Colombia, and Bolivia (Meneses, 2019). Furthermore, the influence of social media and evangelical churches has been fundamental in disseminating conservative ideas, connecting them to a narrative of defending tradition and morality (Almeida, 2019). These trends suggest a complex interaction between religion, politics, and culture that is reshaping youth activism across the region.

Right-wing and/or conservative youth have become key protagonists in the Latin American political landscape. To cite the most emblematic example in Brazil, Nicolas Ferreira was the most voted federal deputy in the country’s 2022 parliamentary elections. One of his most popular videos, which addressed the alleged taxation of transfers via Pix, generated significant engagement on social media, although it was subject to fact-checking that refuted some of the claims made (TSE, 2022; UOL, 2025).

In Argentina, Javier Milei, although better known for his presidential campaign, has inspired the election of young deputies aligned with his liberal and conservative ideas to the National Congress (Murillo; Oliveros, 2024). In Chile, Johannes Kaiser promotes his liberal ideas and critiques of the political status quo, garnering support especially among young people seeking alternatives to traditional parties. In 2024, he founded the National Libertarian Party, a new political force aiming to consolidate and expand his libertarian ideas within the Chilean political scene (Biobío Chile, 2025). In El Salvador, the youth movement supporting Nayib Bukele represents another significant example of this phenomenon, where young people have mobilized around a discourse that combines technology, anti-establishment sentiments, and public order proposals, reshaping the country’s political landscape and attracting a new generation to right-wing positions (La Prensa Gráfica, 2019).

Scientific research highlights that social media profoundly affects the modes of political participation among various social groups (Mitchelstein; Matassi; Boczkowski, 2020). The strategic use of social media has become a central tool for disseminating ideas and facilitating political mobilization among youth. Platforms such as TikTok, Instagram, and YouTube are used to spread political information to young audiences, although they are also widely used by older generations (Oden; Porter, 2023). In the case of conservatism, these platforms enable the construction of digital communities that reinforce traditional and religious values, often aligned with evangelical churches and right-wing movements, thereby fostering a sense of belonging and collective identity (Gold; Peña, 2021). Moreover, the algorithms of these platforms, which privilege polarizing and emotionally charged content, contribute to the formation of echo chambers that amplify conservative and anti-progressive worldviews (Jiang; Ren; Ferrara, 2021).

Another line of inquiry focuses on the consequences of right-wing youth political participation, analyzing its relationship with the strengthening of democratic regimes or, in some cases, its association with populist and authoritarian discourses (Blee; Creasap, 2010).

This dossier aims to gather studies focused on right-wing and/or conservative youth in Latin America, encompassing different perspectives and dimensions of this phenomenon. This field of analysis includes both groups identified as youth by age range and those who, although not directly part of this group, engage expressively with young audiences and play relevant roles in the political arena, such as elected parliamentarians in the region. Furthermore, it seeks to understand who these conservative and right-wing youth are and how to conceptualize and theorize the individuals who construct, disseminate, and support these ideals.

It is also of interest to explore which agendas mobilize right-wing and/or conservative youth. Likewise, this dossier aims to map the forms of mobilization adopted by these youth, which include both traditional strategies and the use of new technologies and social media. The dossier also intends to examine the impacts of these ideas within political and social contexts, as well as the structural—social, political, and cultural—factors that help explain the alignment of youth with right-wing or conservative positions. Contributions that reflect on who these conservative youth are, whether it is possible to characterize them as new or extremist, and how best to name them, are also welcome. Finally, this dossier is open to theoretical reflections on what it means to be right-wing and/or conservative, considering the different interpretations and approaches to these concepts.

The dossier brings together researchers who have long been engaged in studies of youth within the Working Group on Childhood and Youth of the Latin American Council of Social Sciences (CLACSO). It also includes contributions from young researchers who have more recently joined this research agenda.

This dossier represents a significant contribution to the academic field by examining a phenomenon of growing relevance over the past decade: the emergence and consolidation of right-wing youth. The importance of this research is manifested in two fundamental dimensions. At the academic level, it offers a multidimensional approach to conservative youth, understanding them as complex political and social actors who require analysis that transcends simplifications and stereotypes. On the practical-political level, this work is especially relevant for understanding the contemporary challenges to democracy, as it critically analyzes the diverse conceptions, discourses, and proposals that these youth groups construct regarding the democratic system. Such understanding is essential for strengthening and enhancing democratic institutions in a context of increasing political polarization.

 

“Juventudes de derecha y/o conservadoras en América Latina”

El presente dossier propone abordar las juventudes de derecha y/o conservadoras en América Latina. La propuesta incluye análisis sobre los grupos que se enmarcan como juventudes por el rango etario, así como aquellos que, aun estando fuera de esta clasificación, dialogan de forma expresiva con el público joven, desempeñando papeles significativos en el escenario político. Se busca comprender quiénes son estas juventudes, cómo entenderlas conceptual y teóricamente, los ideales que construyen y diseminan, y las formas como movilizan sus agendas, utilizando tanto estrategias tradicionales como herramientas modernas, como las redes sociales. El dossier también examina las consecuencias de estas ideas en el contexto político y social, investigando los factores sociales, culturales y políticos que explican su ascenso y alineamiento con las posiciones conservadoras o de derecha. Además, está abierto a reflexiones teóricas sobre los conceptos de ser de derecha y/o conservador, nuevo o extremista, por ejemplo. Como contribución académica, el dossier trata un tema en ascenso y con impacto significativo en la política de los países. En el ámbito práctico, el dossier pretende ampliar la comprensión y así las posibilidades de diálogo con las juventudes de derecha y/o conservadoras, contribuyendo así a la defensa de la democracia.

La emergencia de juventudes conservadoras y de derecha en América Latina ha ganado notoriedad en los debates académicos y políticos recientes, reflejando una reconfiguración de los valores y compromisos políticos entre los jóvenes de la región. Las investigaciones indican que este fenómeno está asociado a una reacción contra las agendas progresistas, especialmente en temas como género, sexualidad y familia, además de una creciente desilusión con gobiernos de izquierda y sus políticas económicas (Vommaro; Quiroga, 2021). Movimientos como "Con Mis Hijos No Te Metas", que se oponen a la "ideología de género" en las escuelas, ejemplifican cómo los discursos conservadores han movilizado jóvenes en países como Perú, Colombia y Bolivia (Meneses, 2019). Además, la influencia de las redes sociales e iglesias evangélicas ha sido fundamental en la diseminación de ideas conservadoras, conectándolas a una narrativa de defensa de la tradición y la moralidad (Almeida, 2019). Estas tendencias sugieren una compleja interacción entre religión, política y cultura, que redefine el activismo de las juventudes en la región.

Los jóvenes de derecha y/o conservadores han sido protagonistas del escenario político latinoamericano. Para citar el ejemplo más emblemático en Brasil, Nikolas Ferreira fue el diputado federal más votado de Brasil para la Cámara de Diputados en 2022. Uno de sus videos más populares, que abordó el supuesto cobro de tasas sobre transferencias vía Pix, generó amplio compromiso en las redes sociales, aunque fue objeto de verificación de hechos que desmintieron algunas de las alegaciones hechas (TSE, 2022; UOL, 2025).

En Argentina, el presidente Javier Milei, aunque más conocido por su candidatura presidencial, inspiró la entrada de jóvenes diputados alineados con sus ideas liberales y conservadoras en el Congreso Nacional (Murillo; Oliveros, 2024). En Chile, Johannes Kaiser trae sus ideas liberales y críticas al status quo político, ha ganado apoyo especialmente entre los jóvenes que buscan una alternativa a los partidos tradicionales. En 2024, fundó el Partido Nacional Libertario, una nueva fuerza política que busca consolidar y expandir sus ideas libertarias en el escenario chileno (Biobío Chile, 2025). En El Salvador, el movimiento de juventudes que apoya a Nayib Bukele representa otro ejemplo significativo de este fenómeno, donde los jóvenes se han movilizado en torno a un discurso que combina tecnología, antipolítica tradicional y propuestas de orden público, reconfigurando el panorama político del país y atrayendo una nueva generación hacia posiciones de derecha (La Prensa Gráfica, 2019).

Las investigaciones científicas señalan que las redes sociales afectan profundamente la forma de participación política de los diversos grupos de la sociedad (Mitchelstein; Matassi; Boczkowski, 2020). El uso estratégico de las redes sociales se ha consolidado como herramienta central para la diseminación de ideas y la movilización política entre los jóvenes. Plataformas como TikTok, Instagram y YouTube son utilizadas como medio para propagar información política hacia las juventudes, a pesar de ser también utilizadas por generaciones mayores (Oden; Porter, 2023). En el caso de los conservadurismos, estas redes permiten la construcción de comunidades digitales que refuerzan valores tradicionales y religiosos, muchas veces alineados con iglesias evangélicas y movimientos de derecha, creando un sentido de pertenencia e identidad colectiva (Gold & Peña, 2021). Además, los algoritmos de estas plataformas, que privilegian contenidos polarizadores y emocionalmente cargados, contribuyen a la formación de cámaras de eco que amplifican visiones de mundo conservadoras y anti-progresistas (Jiang; Ren;  Ferrara, 2021). Otra línea de investigación se enfoca en las consecuencias de la participación política de las juventudes de derecha, analizando su relación con el fortalecimiento de regímenes democráticos o, en algunos casos, su asociación con discursos populistas y autoritarios (Blee; Creasap, 2010).

El presente dossier tiene como objetivo reunir estudios enfocados en las juventudes de derecha y/o conservadoras en América Latina, contemplando diferentes perspectivas y dimensiones de este fenómeno. Este campo de análisis incluye tanto los grupos identificados como jóvenes por el rango etario como aquellos que, aunque no perteneciendo directamente a este grupo, dialogan de manera expresiva con los públicos jóvenes, desempeñando papeles relevantes en el escenario político, como parlamentarios electos en la región. Además, se busca comprender quiénes son y cómo entender conceptual y teóricamente las juventudes conservadoras y de derecha que construyen, diseminan y apoyan estos ideales.

Interesa, además, explorar cuáles son las agendas que movilizan a las juventudes de derecha y/o conservadoras. De la misma forma, este dossier busca mapear las formas de movilización adoptadas por estas juventudes, que incluyen tanto estrategias tradicionales como el uso de nuevas tecnologías y redes sociales. También se pretende examinar los impactos de estas ideas en el contexto político y social, así como los factores estructurales – sociales, políticos y culturales – que ayudan a explicar el alineamiento de las juventudes con posiciones de derecha o conservadoras. Son bienvenidos también textos que hagan una reflexión sobre quiénes son estas juventudes conservadoras, si es posible tratarlas como novedades o extremistas y/o cuáles son los caminos para nombrarlas. Por último, el presente dossier está abierto a reflexiones teóricas sobre lo que significa ser de derecha y/o conservador, considerando las diferentes interpretaciones y enfoques de estos conceptos.

El dossier reúne investigadores(as) que desde hace tiempo desarrollan investigaciones sobre juventudes en el Grupo de Trabajo Infancias y Juventudes del Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (Clacso). Contamos también con la participación de investigadores jóvenes que están integrándose más recientemente a esta agenda de investigación.

Este dossier representa una contribución significativa al campo académico al examinar un fenómeno de creciente relevancia en la última década: el surgimiento y consolidación de las juventudes de derecha. La importancia de esta investigación se manifiesta en dos dimensiones fundamentales. En el plano académico, ofrece una aproximación multidimensional a las juventudes conservadoras, entendiéndolas como actores políticos y sociales complejos que requieren un análisis que supere las simplificaciones y estereotipos. En el ámbito práctico-político, el trabajo adquiere especial relevancia para comprender los desafíos contemporáneos de la democracia, ya que analiza críticamente las diversas concepciones, discursos y propuestas que estos grupos jóvenes construyen sobre el sistema democrático. Esta comprensión resulta fundamental para fortalecer y perfeccionar las instituciones democráticas en un contexto de creciente polarización política.

 

Referências:

Almeida, R. Bolsonaro presidente: conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos Estudos CEBRAP, 38(1), 185–213, 2019.

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Blee, K; Creasap, K. A. Conservative and right-wing movements. Annual Review of Sociology, 36, 269–286, 2010.

Gold, T; Peña, A. M. The Rise of the Contentious Right: Digitally Intermediated Linkage Strategies in Argentina and Brazil. Latin American Politics and Society, 63(3), 93–118, 2021.

Jiang, J; Ren, X; Ferrara, E. Social media polarization and echo chambers in the context of COVID-19: Case study. JMIRx Med, 2(3), e29570, 2021.

La prensa Gráfica. Bukele sedujo a los más jóvenes. Disponível em: <https://www.laprensagrafica.com/lpgdatos/Bukele-sedujo-mas-a-los-jovenes-20190222-0575.html>.

Meneses, D. Con Mis Hijos No Te Metas: un estudio de discurso y poder en un grupo de Facebook peruano opuesto a la «ideología de género». Anthropologica, 37(42), 129-154, 2019.

Mitchelstein, E; Matassi, M; Boczkowski, P. J. Effects, maximum panic: Social media and democracy in Latin America. Social Media + Society, 6(4), 1–11, 2020.

Murillo, Maria Victoria & Oliveros, Virginia. Argentina 2023: La irrupción de Javier Milei en la política argentina. Revista de ciencia política (Santiago), 44(2), 161-185, 2024.

Oden, A; Porter, L. The Kids Are Online: Teen Social Media Use, Civic Engagement, and Affective Polarization. Social Media + Society9(3), 2023.

TSE. (2022). Consulta pública sobre a votação de deputados federais em 2022. Disponível em: <www.tse.jus.br>.

UOL. (2025). Nikolas Ferreira comete imprecisões em vídeo sobre Pix. Disponível em:  <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/01/video-de-nikolas-ferreira-sobre-fiscalizacao-do-pix-tem-imprecisoes-sobre-ir-e-efeitos-para-meis.shtml>.

 

Coordenadoras: Olivia Cristina Perez (UFPI), Camila Ponce (Universidad de Ostrava) e Kellen Carvalho de Sousa Brito (UFPI).